domingo, 4 de setembro de 2011

Professores da rede básica cobram soluções do Estado


A Secretaria Estadual de Educação promoveu nessa semana um encontro com os gestores das escolas públicas estaduais da jurisdição da 12ª Diretoria Regional de Educação (12ª DIRED). O evento ocorreu na Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte. Foram abordados questionamentos como situação da educação em Mossoró, dificuldades e habilidades, além de muitas cobranças por parte dos gestores.

A secretária-adjunta de Educação, Adriana Diniz, visitou várias escolas públicas estaduais em sua visita a Mossoró e pontos como a infraestrutura das escolas, equipamentos, falta de professores, entre outros foram citados durante a reunião ocorrida com os gestores.

A diretora da Escola Estadual Moreira Dias, Célia Maia, questionou sobre a carga horária do professor, a qual não dá oportunidade para crescimento na profissão. “Queremos saber como ficará essa questão para o próximo ano, pois sempre nos enviam ótimos projetos para serem executados, mas na maioria deles não podemos nem avaliar, pois a carga horária do professor é só aula, aula, aula”, afirmou.

A coordenadora da 12ª Dired, Magali Delfino, destacou que a carga horária de um professor é de 30 horas semanais, sendo 25 utilizadas durante a semana em sala de aula e cinco aos sábados para o planejamento.

A diretora Lúcia Freitas, da Escola Estadual Jerônimo Vingt Rosado Maia, que funciona no Caic do Abolição IV, afirmou que a dívida dos governos com a educação vem de longos anos, e que o que se tem visto são escolas sucateadas, falta de professor, de auxiliar de serviços gerais, além de muita violência. “Já é do nosso dia a dia essa questão da violência, nós e os professores somos inclusive ameaçados de morte”, denunciou.

A diretora da Escola Estadual Cardeal Câmara, Ivanilda Macêdo, destacou que em 21 anos que trabalha na educação essa é a primeira vez que a Secretaria se preocupa em conhecer pessoalmente a situação das escolas e reunir os professores para ouvi-los. “Se a senhora secretária chegar à escola em que trabalho às 7h o que vai ver é professor varrendo sala de aula para não trabalhar na sujeira”, reclamou.

Adriana Diniz destacou que a situação já era clara, mas que merecia esse contato direto. “Assim nós podemos escutá-los, e principalmente apresentar o que será feito, que são ações a curto, médio e longo prazo para sanar esses problemas”, destacou.

Segundo ela, as ações passam por quatro dimensões em áreas que vão desde a infraestrurura, a valorização do magistério e da gestão democrática, além da melhoria da qualidade de ensino. “Eu pude verificar a riqueza pedagógica, o trabalho dos servidores como voluntariados, os alunos em contraturnos, mas também muitas dificuldades. É precisão um grande pacto pela educação”, disse.

Ela acrescentou ainda que uma medida a curto prazo será a publicação do edital para ainda esse ano. “É uma necessidade cujas soluções serão mostradas nos próximos dias”, concluiu Adriana Diniz.

Fonte: Gazeta do Oeste

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