terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

RN já registrou 281 casos de microcefalia, diz secretário de Saúde

Atualmente, o mosquito Aedes aegypti é o principal inimigo da saúde no Brasil. Apesar das inúmeras campanhas de combate ao transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus zika, a proliferação do inseto é constante.
Como existe um único vetor para essas doenças, o secretário Estadual de Saúde, Ricardo Lagreca, alerta que com o aumento de casos de dengue, por exemplo, é provável que também ocorra a elevação nas notificações de zika. “O fato é que na hora que há o aumento da dengue poderá também ter o aumento da zika. Já há um número maior de zika agora do que no mesmo período do ano passado. Até porque ela está mais caracterizada, mais diagnosticada”, explica.
Apontado como um dos fatores que podem causar a microcefalia, o vírus zika tem sido motivo de preocupação da secretaria de Saúde. “Se há um aumento da dengue pelo mesmo vetor, poderemos ter o aumento da zika. Tendo o aumento da zika, se atinge uma gestante, vou ter um aumento no número de microcefalias”, afirmou Lagreca.
De acordo com o secretário, no Rio Grande do Norte já foram registrados 281 casos de microcefalia. “A microcefalia não é uma novidade. Havia relatos de cerca de 8 casos por ano no estado, mas existia porque ela tem várias etiologias. Congênitas, por alterações cromossômicas - como é a síndrome de Down, por exemplo - é de causas externas, mas eram residuais e de um ponto de vista aceitável. Cerca de 3% dos nascidos vivos podem apresentar anomalias congênitas, entre elas a microcefalia. Ela extrapolou”, confirmou.
Casos de dengue também assustam
A dengue, apesar de não ser uma novidade, ainda é um problema que traz grande preocupação para os órgãos de Saúde. Segundo o secretário já foram confirmados 264 casos da doença, de um total de 3.300 notificações. Ainda de acordo com Lagreca, esse número é quase o dobro dos casos notificados no ano passado.
De acordo com ele, o motivo para o aumento foram as chuvas deste ano, que vieram com mais força que em 2015. “Convivemos com a dengue há duas décadas, o salto ocorreu porque esse ano no mês de janeiro choveu mais que em 2015”, disse.
“Havia o perigo com a seca dos reservatórios serem mal cuidados, com as tampas abertas e criar o mosquito. Mas agora não é só o reservatório, mas todas os pontos que podem acumular água da própria chuva”, observou o secretário.

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