Brasília, 9 de fevereiro de 2011
Na tarde desta terça-feira (9/2), o presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, acompanhado do vice-presidente, Pedro Lopes, visitou o Ministério da Educação, com objetivo de convidar o ministro Fernando Haddad para ser um dos palestrantes no 6º Encontro de Lideranças do Sistema Confea/Crea, sobre perspectivas do ensino brasileiro. Também receberam o convite pessoalmente de Túlio de Melo na terça-feira os presidentes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), respectivamente Jorge Almeida Guimarães e Glaucius Oliva.
Nas três reuniões, Túlio de Melo explicou sobre o censo que o Confea pretende realizar em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para mapear todos os engenheiros do Brasil e quais atuam na área e quais não (leia aqui). A ideia é, a partir do diagnóstico traçado, desenvolver um programa de atualização profissional, com intuito de atrair engenheiros que não estão em atuação de volta ao mercado. “Precisamos desses engenheiros para atender a demanda de desenvolvimento do país”, explicou. Segundo o presidente, cerca de 1/3 do total de engenheiros formados no país atuam na área. Para o presidente do Confea, esta é uma solução de médio prazo, para atender as demandas mais urgentes, enquanto também se investe no aumento do número de engenheiros formados por ano, medida que só dará resultado em, no mínimo, cinco anos (tempo da formação).Fernando Haddad, ministro da Educação, sugeriu que o programa de atualização profissional fosse um mestrado profissional fomentado pela Capes, com grade curricular específica que abranja conteúdos necessários para atender as demandas do mercado brasileiro atual. “Um dos problemas da falta de profissionais no Brasil é que estamos com muita demanda de engenheiros estrangeiros pedindo registro para atuar no país, enquanto este é o momento de recuperar a engenharia brasileira”, explicou Túlio de Melo. “Nós até topamos discutir a viabilidade de abrir um pouco o mercado para estrangeiros, mas tem que haver reciprocidade para o profissional brasileiro que quiser atuar no exterior também”.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, manifestou apoio à proposta de Túlio de Melo de tentar recuperar profissionais que não atuam mais na área. “Quando esse mapeamento estiver feito, a gente pode convidar as universidades federais e montar uma parceria para o curso de atualização profissional”, disse.
Beatriz Leal
Assessoria de Comunicação do Confea
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