sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Rosalba congelou mais uma greve

Como se pode ver pelo posicionamento dos professores, a greve da Uern não acabou. Apenas foi congelada, a exemplo das demais que estão aí em dias de estourar, exceto a dos professores da rede estadual que vão receber dinheiro oriundo do Fundeb. O posicionamento dos mestres é mais do que claro. Vejamos a carta do professor Carlos Alberto Nascimento de Andrade: Particularmente, considero que a definição das férias docentes para 19 de março a 17 de abril de 2012 foi benéfica para as nossas lutas e conquistas junto ao Governo do Estado pelas seguintes razões: 1. Lembro que a data-base de nossa categoria é o mês de abril; 2. Nossa greve de 106 dias terminou com a Assembleia Docente da Uern apontando um indicativo de greve para abril de 2012, tendo em vista que o Governo do Estado (através do ofício 1.801/2011-Searh, de 23 de agosto de 2011) atendendo nossa reivindicação de reposição de inflação e em atendimento ao cumprimento de nosso Plano de Cargos e Salários, sinalizou que "não vemos óbice para a continuidade do diálogo ao longo do período coberto pela proposta. Para tanto, reiteramos a necessidade de finalizar a greve e de retomada da normalidade das atividades a fim de ser retomada a negociação" (grifo nosso). 2.1. Comentário: o "o período coberto pela proposta" que se refere o documento oficial do governo diz respeito ao escalonamento de abril de 2012 a abril de 2014. Com efeito, significa dizer que em abril de 2012, abril de 2013 e abril de 2014 os docentes da Uern permanecerão com indicativo de greve até que o compromisso firmado entre as partes "beligerantes" seja cumprido; 3. No mesmo diapasão do Governo do Estado, o magnífico reitor da Uern, através do ofício 182/2011-GR/Uern, se compromete e afirma peremptoriamente: "a administração da Uern mantém o compromisso de empreender esforços junto ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, ao longo do período coberto pela proposta informada acima, com vistas à implementação de outros índices de reposição salarial reivindicado pelas categorias, conforme possibilidade já externada pela Searh através do ofício 1.801/2011, de 23 de agosto de 2011" (grifo nosso); 4. Dito isto, por conseqüência, reiteramos que, como estaremos de férias até princípios de abril de 2012 e coincide com a nossa data base, não teremos que interromper o semestre letivo, como ocorreu na última greve, simplesmente não iniciaremos o semestre 2012.1 caso o Executivo Estadual não cumpra com o compromisso firmado que vai além das três parcelas do escalonamento até 2014. 5. Por fim, aproveito a oportunidade para convocar os três segmentos da Uern (professores, estudantes e funcionários) no sentido de se formar uma grande Frente de Luta contra a criação de novos cursos na Uern. Não que esta seja uma questão de princípio. O problema é que com a criação de novos cursos sem a autonomia financeira de nossa instituição, simplesmente estamos "socializando a miséria", ou seja, os mesmos recursos de sempre são rateados com os antigos e novos cursos. Informo que existem reivindicações de criação de cursos novos em Natal, Pau dos Ferros (no mínimo quatro, inclui-se Direito e Serviço Social), Patu e Assú. Para além destes, vários grupos políticos do RN estão mancomunados e se articulando para a criação dos campi de Parnamirim e Apodi.

Fonte: Jornal de Fato

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