Semana passada foi divulgado o ranking das escolas no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Entre as 1.000 melhores escolas no país, nenhuma pública normal, apenas federais, militares e privadas. A primeira só vai aparecer na 1070ª posição. Isso mostra que está faltando alguma coisa para alcançarmos a qualidade. O orçamento e o investimento fazem a diferença nas escolas. Ainda estamos aquém do esperado, embora tenha tido tanto investimento nos últimos anos.
No Rio Grande do Norte, como sempre, as escolas privadas e federais sobressaíram, ficaram entre as vinte melhores. As escolas estaduais obtiveram um resultado mediano. A melhor escola no ranking foi o Colégio de Ciências Aplicadas, de Natal, escola privada. De 136 escolas avaliadas, as estaduais apareceram a partir da 56ª colocação, com a Escola Estadual Santos Dumont, de Parnamirim. A segunda melhor foi uma escola de Natal, a Escola Estadual Professor Edgar Barbosa, que ficou em 87º lugar. Mossoró alcançou a posição 94, com a Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho, que foi também a melhor escola pública da cidade.
Por que não conseguimos ainda chegar lá? Por que não estamos entre os melhores? São perguntas que podem ser respondidas observando-se a realidade de cada escola. Temos escolas que, provavelmente, nunca conseguirão obter o resultado esperado, pela sua localização, quadro de professores, estrutura da escola e equipamentos para melhoria da aprendizagem.
Mesmo com escolas onde os professores dão tudo de si para obter um resultado melhor, faltam recursos e, principalmente, investimento do governo. Neste ano de 2012 foi que veio melhorar um pouco. Talvez no próximo ano o resultado do Enem 2012 seja bem melhor para a escola pública. É o que esperamos.
Para uma situação de abandono em que estava a educação estadual, até que o RN pode se considerar muito bem. Ficou praticamente na metade do ranking. Muitas escolas de ensino médio passaram 2011 com falta de professores. Este ano, muitas vieram receber professores para algumas disciplinas já na segunda metade do segundo semestre. E como esses alunos podem ter alcançado uma pontuação tão boa? Dedicação e vontade de concluir os estudos.
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