sexta-feira, 27 de abril de 2012

Professores da Uern aprovam indicativo de greve


Os professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) aprovaram ontem, em assembleia, indicativo de greve para a próxima quarta-feira, 2. A alternativa de pressão ao Governo do Estado foi apoiada por quase toda a categoria e coloca em risco o início do próximo semestre letivo da universidade, programado para ser iniciado justamente na próxima quarta-feira.
A decisão dos docentes é uma resposta à quebra de compromisso do Governo do Estado com o pagamento da primeira parcela (10,65%) do reajuste salarial acordado no ano passado para encerrar a greve, que já durava 106 dias. O aumento era para ter sido concedido na folha de pagamento de abril, o que não aconteceu.
Em vários discursos, os professores demonstraram total insatisfação com a postura do Governo. "É um absurdo o que está acontecendo. Foi feito um acordo, reiterado pela governadora Rosalba Ciarlini, mas vem um secretário e adota uma postura totalmente contrária", reclamou o professor Carlos Filgueira.
O docente também criticou o reitor da Uern, Milton Marques, que, segundo ele, foi passivo. "O nosso reitor ficou esperando por uma gestão que não tem qualquer compromisso com a educação", salienta.
O professor Geraldo Carneiro argumentou que a paralisação das atividades foi a única alternativa deixada pelo Governo do Estado. "Temos que lembrar que o nosso último reajuste salarial foi em abril de 2010 e que nesse período a inflação foi superior a 12%, ou seja, acima do índice que deveria ser pago agora pelo Estado", atenta.
Os técnicos administrativos da Uern também devem paralisar as suas atividades. A presidente do Sindicato dos Técnicos Administrativos da Uern (SINTAUERN), Rita de Cássia, declarou, durante a assembleia, que a sua categoria vai seguir os mesmo passos dos professores.
Hoje, o presidente da Associação dos Docentes da Uern (ADUERN), Flaubert Torquato, e a presidente da Sintauern participam de audiência com representantes do Governo do Estado para discutir o assunto no Centro Administrativo, em Natal.

OUTRO LADO
Desde o início da semana, o secretário-chefe do Gabinete Civil, José Anselmo Carvalho, justifica que só vai poder conceder o reajuste quando o Estado sair do limite prudencial por conta da lei de responsabilidade fiscal.


Fonte: Jornal de Fato

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