Os anestesiologistas e obstetras que prestam serviço à Prefeitura de Mossoró receberam promessa de que os pagamentos pelos serviços realizados que estão atrasados seriam quitados ontem. O pagamento que não aconteceu irritou os profissionais das duas especialidades.
Os anestesiologistas garantem que a paralisação das cirurgias eletivas vai continuar por tempo indeterminado. Já os obstetras vão se reunir nesta sexta-feira para decidir o futuro da categoria.
Ronaldo Fixina, diretor-presidente da Clínica de Anestesiologia de Mossoró, disse que foi ao banco por volta do meio-dia de ontem e quando tirou o extrato viu que nada tinha entrado na conta. O mesmo aconteceu com os obstetras, segundo o médico Manoel Nobre. “Vamos esperar até amanhã [hoje]. Se não acertar, vamos nos reunir e ver o que fazer”, informa.
Segundo Fixina, a titular da Secretaria do Planejamento, Orçamento e Finanças do município, Jaqueline Amaral, ligou convidando-o para uma reunião na manhã de hoje para esclarecer o assunto.
Mesmo que aconteça o pagamento dos meses de março, abril e maio, os anestesiologistas só vão retomar aos serviços após uma garantia por parte do Ministério Público da União. “Não vai adiantar eles pagarem e prometerem os pagamentos futuros se não houver uma garantia real que isso vai acontecer. Senão vamos ter o mesmo problema de novo. Só voltaremos à normalidade após os pagamentos e o aval do Ministério Público”, enfatizou Ronaldo Fixina.
A categoria que já havia paralisado as eletivas no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) decidiu a partir da quarta-feira passada, 8, paralisar os serviços no Hospital Wilson Rosado e Maternidade Almeida Castro. “Em relação aos plantões no Tarcísio Maia não foi resolvido nada”, completa o anestesiologista.
Manoel Nobre disse não saber o porquê do governo municipal atrasar o pagamento aos obstetras, uma vez que o Ministério da Saúde faz o repasse todos os meses para o pagamento dos profissionais.Questionado sobre os atrasos nos pagamentos, Benjamim Bento, gerente de Saúde, explicou, na quarta-feira passada, 8, que o município realiza uma auditoria em todas as verbas que chegam antes de serem feitos os repasses – por isso o atraso. “Todas as contas têm que ser antes avaliadas. Não é só chegar [as verbas] e pagar sem um controle”, finaliza. Nossa equipe de reportagem não conseguiu falar com Benjamim Bento e Jaqueline Amaral na tarde de ontem.
ATO PÚBLICO
O Sindicato dos Servidores da Saúde (SINDISAÚDE) de Mossoró vai realizar na manhã de hoje um ato público em defesa dos servidores da saúde em frente ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) a partir das 9h.
A categoria reivindica reajuste salarial de 7,01%, horas extras e pagamento de férias atrasados referentes a outubro, novembro e dezembro do ano passado e fevereiro e março deste ano – apenas janeiro foi pago. “É uma maneira de chamar atenção para que o governo olhe pela categoria”, conta João Morais, presidente do sindicato.
Fonte: Gazeta do Oeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário