Professores da rede estadual de ensino em Mossoró participaram ontem de uma assembleia para definir a adesão à greve estadual, com início previsto para a próxima segunda-feira, 2 de maio. A assembleia aconteceu no auditório da Igreja dos Mórmons, centro da cidade.
A reunião contou com a participação de cerca de quinhentos professores mossoroenses que aprovaram à unanimidade a adesão ao movimento. Entre as reivindicações está a implantação do plano de carreira previsto em lei.
O coordenador estadual do Sinte, Rômulo Arnould, afirma que metade dos professores do Estado ainda não recebeu a primeira parcela de três que deveria ter começado a ser paga no mês de novembro de 2010. Apenas parte dos professores recebeu a primeira parcela em janeiro. A categoria também reivindica a revisão do plano de carreira do magistério.
Outra reclamação dos professores é sobre a falta de manifestação do governo do Estado em relação ao pagamento do piso salarial para que os representantes mais antigos da categoria encontra-se com cerca de 40% de defasagem. “Na última audiência, o governo apresentou apenas uma nota pedindo um prazo de 120 dias para apresentar uma proposta. A categoria está indignada. A falta de compromisso do governo empurrou os professores para a greve”, frisa.
Na assembleia realizada em Mossoró, além da adesão ao movimento, também ficou definida a agenda da greve aqui na cidade. Na segunda-feira (2), dia que marca o início do movimento paredista, os professores irão às escolas, nos três turnos, para explicar aos alunos e aos pais as razões para a realização da greve.
Na terça-feira, o comando da greve se reunirá em plenária para definir novas ações. A quarta-feira será marcada por uma reunião com os professores aposentados e na quinta-feira serão realizadas visitas aos municípios da regional.
Uma nova assembleia será realizada na segunda-feira, dia 9 de maio, para avaliar o movimento. No mesmo dia, a partir das 14h, os professores caminharão pelas ruas do centro da cidade.
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