quarta-feira, 30 de março de 2011

Velório de José Alencar é aberto ao público

O Palácio do Planalto abriu as portas por volta das 13h para o público dar o último adeus ao ex-vice-presidente José Alencar. Muitas pessoas já faziam fila na porta do prédio esperando a hora de homenagear o ex-vice.
A professora de geografia Kátia Garcia, de 45 anos, que aguardavam na fila, disse que veio à cerimônia por considerar que Alencar foi responsável por uma mudança para melhor do Brasil.

- Alencar foi muito importante para a história do Brasil. Ele ajudou a diminuir as distancias entre os mais ricos e os mais pobres.

Ela considera Alencar um caso raro de alguém que, apesar de fazer parte da “classe dominante”, se preocupou com os mais pobres.

- A classe dominante está sempre por cima e o povão lá embaixo, mas ele sempre foi bem quisto tanto pela população excluída quanto pela população rica.

Outro que veio especialmente de Taguatinga (DF) para o velório é o aposentado Wilson Gonçalves, de 54 anos. Para ele, Alencar foi um raro exemplo de político honesto.

- É muito difícil um político honesto como ele.

O corpo do ex-vice-presidente José Alencar chegou ao local por volta das 11h. A cerimônia teve início com uma missa apenas para os familiares e algumas autoridades.

A chegada da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estavam em viagem a Portugal, está prevista para o fim da tarde. Da base aérea, eles vão seguir direto para o Palácio. Alencar, que presidiu o país por 398 dias na ausência de Lula, terá funeral com honras de chefe de Estado.

De Portugal, Lula mais uma vez falou sobre a morte do vice, que o acompanhou por dois mandatos, e dedicou o título honoris causa da Universidade de Coimbra a Alencar.
O avião da FAB (Força Aérea Brasileira), que saiu de São Paulo com o caixão, chegou a Brasília por volta das 10h e foi recebido pelos presidentes do Congresso, José Sarney, e da Câmara, Marco Maia, além do presidente em exercício, Michel Temer. Representando o STF (Supremo Tribunal Federal), estava na base o ministro Carlos Ayres Britto.
Soldados retiraram o caixão do avião e o colocaram em carro aberto do Corpo de Bombeiros, que seguiu em cortejo fúnebre pelas ruas da capital até o Palácio. Lá, o caixão subiu a rampa sob salva de 21 tiros de canhão. O corpo foi posicionado no centro do Salão Nobre.


Todos os ministros de Dilma estiveram no velório ou foram representados por seus secretários-executivos, caso de José Eduardo Cardozo, representado pelo secretário-executivo Luiz Paulo Barreto. Miriam Belchior (Planejamento) e Carlos Lupi (Trabalho) também enviaram representantes.
Entre os presentes estavam: Ana de Hollanda (Cultura), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Antonio Palocci (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Nelson Jobim (Defesa), Guido Mantega (Fazenda), Alexandre Tombini (Banco Central), Paulo Bernardo (Comunicações), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Fernando Pimentel (Indústria e Comércio Exterior).

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