terça-feira, 28 de maio de 2013

Telecurso reduz atraso escolar e abre perspectivas novas para milhões


O Telecurso está presente hoje em 30 mil salas de aula no país. O programa reduziu o atraso escolar e ajudou a abrir perspectivas novas para milhões de brasileiros.
Festa no Rio de Janeiro
Dar oportunidades iguais a quem a vida deu caminhos diferentes. “Eu estava parada sem interesse nenhum de continuar a saber. Eu hoje estou aprendendo cada vez mais”, conta a estudante Jordania Paula dos Santos.
Já são seis milhões de estudantes formados pelo Telecurso - projeto idealizado no fim dos anos 1970 pelo presidente das Organizações Globo, jornalista Roberto Marinho.
Para conquistar novos alunos e reduzir a repetência, um método inovador: estudar diante da tela da TV. E assim o Telecurso foi crescendo.
Em uma escola na Serra do Mel, no Rio Grande do Norte, foi implantada em 1993 a primeira telessala de aula. O programa está hoje em sete capitais brasileiras. Mais de 400 municípios abrigam 30 mil salas de aula e já são 40 mil professores formados.
Cristiano sabe o valor de ter uma professora pronta para ajudar. Na semana que começou o Telecurso, ele e a família perderam tudo na enchente que arrasou Friburgo, no estado do Rio de Janeiro, em 2011. Sem emprego, sem ter onde dormir. A força veio da professora.
“Hoje eu curso Ensino Superior fazendo licenciatura em história e seguindo o exemplo dos profissionais que estavam ali presentes na minha vida no momento que eu mais precisei”, completa.
“Os problemas reais da nossa vida, da minha, da sua, de todas, envolve todas as ciências. E o professor coloca a sua competência e o seu conhecimento a serviço das respostas e das questões reais dos estudantes”, aponta Vilma Guimarães, ger. educação Fundação Roberto Marinho.
A tecnologia e a modernização dos métodos de educação acabaram com a sensação de distância entre quem ensina e quem aprende. Encurtaram, e muito, a trilha até o conhecimento. Não importa mais onde mais estão os alunos. O saber vai até eles.
É pela TV, via satélite, ou pela internet. A professora de um estúdio em Manaus se comunica ao vivo com alunos de dezenas de comunidades indígenas, ribeirinhas que ficam a três, quatro dias de barco de distância da capital.
Eles sonham e o Telecurso reforça a esperança. “Eu tinha vergonha de botar o meu dedo assim para assinar as coisas. Eu já disse que não vou desistir. Há dois anos que estou estudando aqui, então era isso eu agradeço muito, obrigada”, agradece uma aluna.
Fonte: g1.globo.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário