quinta-feira, 29 de setembro de 2011

UERN completa 43 anos


A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) completa hoje 43 anos de sua fundação. A data será marcada pela celebração de uma missa em Ação de Graças, às 8h, na Capela Mãe Rainha. A programação continua às 19h, quando será realizada a assembleia universitária, no Teatro Municipal Dix-huit Rosado, segundo informações da assessoria de comunicação da instituição.

Para o reitor da universidade, Milton Marques de Medeiros, há muitos motivos para serem comemorados. “A universidade tem, nesses últimos anos, apresentado um crescimento em todas as dimensões, desde o número de aquisição de alunos, como número de professores e técnicos administrativos.

A sua área de expansão tem se firmado cada vez mais”, diz ele, comentando o crescimento da área coberta e, sobretudo a expansão da verticalização da entidade, através dos cursos de pós-graduação Stricto Sensus, criados a partir de 2007.

Desde então, cinco desses cursos foram implantados, além de um Mestrado Interinstitucional (MINTER) em Direito e um Doutorado Interinstitucional (DINTER) na área da saúde e da criação de uma residência médica.

De acordo com o reitor, com isso, o importante é que cresce o número dos grupos de pesquisas. Hoje, a Uern conta com 64 desses grupos e, através deles a universidade concorre a editais junto a agências de fomento, passando a receber notoriedade e ter condições de adequar seus cursos sem depender somente do Estado.

Este ano, a Uern deu entrada em quatro novos cursos de pós-graduação Stricto Sensus junto à Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

A instituição também tem investido em material humano, realizando concursos públicos para a contratação de professores e técnicos administrativos. O reitor informa ainda que hoje a Uern investe mais de um milhão por ano na capacitação de professores e, atualmente, 140 docentes estão fazendo doutorado.

“O que eu acho que tem mais notoriedade na universidade em termos de números é esse crescimento vertical”, resume Milton Marques. Além disso, a entidade conta com quatro professores titulares.

Ele também destaca o modelo democrático adotado pela universidade, onde todas as decisões são tomadas em coletividade.

Milton Marques fala ainda da política de inclusão, que vem sendo desenvolvida desde 2006 e afirma que hoje são mais de 100 alunos que possuem algum tipo de deficiência: “Isso é um princípio de inclusão”, acrescenta o reitor, destacando ainda a ampliação das cotas sociais. “É uma universidade pública, gratuita, mas preocupada com sua realidade social”, ressalta.


Essas conquistas devem ser exaltadas durante a Assembleia de hoje à noite. Na ocasião, segundo informou a Assessoria de Comunicação da Uern, algumas personalidades serão agraciadas com a Comenda da Abolição.

Este ano, a medalha traz como tema "Liberdade pela Dedicação à Arte e à Cultura Nordestina” e irá homenagear o escritor folclorista Deífilo Gurgel dos Santos, o cantor, compositor e atual secretário de Cultura da Paraíba, Francisco César Gonçalves (Chico César), a artista plástica Marieta Lima de Medeiros e o professor do Conservatório de Música D'alva Stella Nogueira Freire, Sebastião de Araújo Alves das Graças.


“Recebo com satisfação e, ao mesmo tempo, com mais responsabilidade”, diz o professor Sebastião de Araújo Alves das Graças. Para ele, a comemoração dos 43 anos da instituição significa, acima de tudo, que a ideia inicial implantada em 1968 deu certo.


O professor ensina na universidade desde 1990. Ele chegou a se afastar da instituição para estudar e, ao retornar, participou do concurso público e hoje é docente efetivo do Conservatório, órgão do qual se orgulha em participar e que hoje, ao receber a medalha, representa. “Eu tenho muito carinho pelo Conservatório”, declara.

DESAFIOS


Com relação às metas que precisam ser alcançadas, o reitor Milton Marques de Medeiros lembra que a universidade teve que parar a implantação de cursos de graduação durante seis anos, pois o pensamento era de que só deveriam ser criados novos cursos com prédio, planejamento e orçamento. Agora que os cursos implantados estão estruturados, ele considera que é hora de ampliar as graduações.


Outro desafio é ampliar a receita da Uern para que ela não dependa apenas do Governo do Estado. “Para que ela comece a andar com suas próprias pernas”, diz o reitor, acrescentado que se trata de uma instituição de ensino que possui cursos em todas as áreas. “É preciso que o Estado e o poder público de maneira geral façam mais parcerias com a universidade”, finaliza.

Fonte: Gazeta do Oeste 

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