domingo, 23 de agosto de 2015

UFRN leva conhecimento sobre sexualidade para escolas públicas

“Meu corpo fala, mas será que eu entendo" discute as mudanças psicológicas e fisiológicas inerentes à adolescência
sexual
O projeto “Meu corpo fala, mas será que eu entendo”, coordenado pela professora Maria Teresa da Silva Mota do Departamento de Fisiologia do Centro de Biociências (CB) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), oferece a oportunidade a alunos de escolas públicas de Natal a obterem o conhecimento sobre prevenção e sexualidade.

Segundo a professora Maria Teresa, uma grande parcela dos adolescentes do ensino básico continua desinformada sobre aspectos do funcionamento do seu corpo como a anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor.
Muitos também desconhecem sobre a produção de hormônios sexuais, os reguladores fisiológicos que atuam nas mudanças físicas e comportamentais do menino e da menina na gestação, infância, puberdade e idade adulta, assim como sobre as doenças sexualmente transmissíveis: tipos, transmissão e prevenção e, os riscos do uso de anabolizantes.
“A oferta de informações deve ser feita por programas de educação sexual desenvolvidos na escola, com a participação de professores e profissionais advindos das universidades que possuem embasamento teórico-científico nessa área. Assim, a discussão sobre educação sexual faria parte do processo educativo voltado para construção de uma consciência coletiva em elementos ligados à sexualidade”, destaca a professora.
De acordo com Maria Teresa, a importância de iniciativas como essa se justifica quando da verificação do não recebimento de informações corretas sobre saúde sexual no ambiente familiar, pelo repasse inadequado de informações ou pelo despreparo das pessoas que as fornecem. Segundo a professora, o conhecimento das mudanças psicológicas e fisiológicas inerentes à adolescência pode gerar hábitos saudáveis e uma maior responsabilidade com a própria saúde e da comunidade.
“A desinformação é dita como a causa de problemas recorrentes em nossa sociedade, como a gravidez na adolescência e o aborto. Portanto, uma alternativa que minimizaria as consequências sociais e políticas dessa prática é estimular as potencialidades da educação preventiva nas escolas, permitindo a discussão de temas polêmicos, que auxiliam no esclarecimento de dúvidas que povoam o imaginário do adolescente”, explica Maria Teresa.
Vários alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte participam na elaboração de palestras e do material que é entregue nas escolas públicas dentro desse projeto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário