quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Funcionários podem entrar em greve

Os funcionários da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN) decidiram realizar uma paralisação de advertência para cobrar maior agilidade na negociação salarial, que tem como data-base o mês de novembro. Em Mossoró, os trabalhadores paralisaram as atividades ontem para chamar a atenção da empresa e da população. Os funcionários da Cosern em Natal cruzaram os braços desde terça-feira, 13, para esperar uma proposta da empresa. A categoria não descarta a deflagração de uma greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, 19.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Elétricas e Empresas Prestadoras de Serviços no Setor Elétrico e Similares do RN, Paulo Barateiro, o início da greve depende apenas do resultado de uma reunião que acontece hoje no Rio de Janeiro (RJ) entre a diretoria do Grupo Neoenergia e representantes dos funcionários da Cosern, da Companhia Energética de Pernambuco (CELPE) e Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA). 
"Até agora aconteceram nove rodadas de negociações aqui no Estado, entre funcionários e a diretoria da Cosern. No entanto, os funcionários da Celpe e da Coelba estão na mesma situação e essa reunião no Rio de Janeiro será determinante", explica.
Os funcionários da Cosern pediram 14,4% de inflação sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), somado a 7,9% de ganho real por produtividade. Enquanto a empresa está oferecendo aumento de 100% do INPC, que totaliza 6,66%, além de 0,34% de aumento real de produtividade. 
"Nesses 14 anos de privatização a empresa ainda não conseguiu oferecer reajustes capazes de alcançar as perdas medidas pelo INPC nesse período", frisa.
Paulo Barateiro comenta que o salário que o trabalhador recebe hoje é inferior ao de 1997. 
Com a greve, Paulo Barateiro afirma que serão realizados apenas os serviços essenciais e de emergência, respeitando os 30% do quadro de pessoal determinado pela lei.


Fonte: Jornal de Fato

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