Os funcionários da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN) decidiram realizar uma paralisação de advertência para cobrar maior agilidade na negociação salarial, que tem como data-base o mês de novembro. Em Mossoró, os trabalhadores paralisaram as atividades ontem para chamar a atenção da empresa e da população. Os funcionários da Cosern em Natal cruzaram os braços desde terça-feira, 13, para esperar uma proposta da empresa. A categoria não descarta a deflagração de uma greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, 19.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Elétricas e Empresas Prestadoras de Serviços no Setor Elétrico e Similares do RN, Paulo Barateiro, o início da greve depende apenas do resultado de uma reunião que acontece hoje no Rio de Janeiro (RJ) entre a diretoria do Grupo Neoenergia e representantes dos funcionários da Cosern, da Companhia Energética de Pernambuco (CELPE) e Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA).
"Até agora aconteceram nove rodadas de negociações aqui no Estado, entre funcionários e a diretoria da Cosern. No entanto, os funcionários da Celpe e da Coelba estão na mesma situação e essa reunião no Rio de Janeiro será determinante", explica.
Os funcionários da Cosern pediram 14,4% de inflação sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), somado a 7,9% de ganho real por produtividade. Enquanto a empresa está oferecendo aumento de 100% do INPC, que totaliza 6,66%, além de 0,34% de aumento real de produtividade.
"Nesses 14 anos de privatização a empresa ainda não conseguiu oferecer reajustes capazes de alcançar as perdas medidas pelo INPC nesse período", frisa.
Paulo Barateiro comenta que o salário que o trabalhador recebe hoje é inferior ao de 1997.
Com a greve, Paulo Barateiro afirma que serão realizados apenas os serviços essenciais e de emergência, respeitando os 30% do quadro de pessoal determinado pela lei.
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