quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sinte fará protesto para reivindicar cumprimento do Piso Nacional

Para reforçar a greve dos professores do Estado, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) em Mossoró organizou uma agenda de protestos, a ser realizada até a próxima semana. Na sexta-feira, 6, haverá movimentação e distribuição de panfletos na praça Rodolfo Fernandes, popular Praça do Pax.

Além disso, no dia 9, segunda-feira, haverá ações ainda mais enfáticas: após mais uma assembleia programada para ocorrer na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), os sindicalistas de Mossoró e também os da região devem fazer uma caminhada de reivindicações no Centro da cidade.
A programação foi pensada após um encontro de membros na própria sede do sindicato ontem, 3, pela manhã. Segundo o coordenador-geral do Sinte-RN em Mossoró, Rômulo Arnaud, a adesão da categoria é de 90%, nos nove municípios que estão sob a jurisdição da capital do Oeste.
"Se existe alguma escola funcionando atualmente, ela funciona porque tem professores com contratos provisórios. Há também escolas que estão em período de prova. Neste caso, o professor aplica a prova e libera a turma", esclarece Arnaud sobre possíveis instituições de ensino que ainda estejam em funcionamento.
Entre as principais solicitações da categoria estão a revisão do Plano de Carreira do Magistério, o pagamento do plano aos demais servidores, que já foram enquadrados, o cumprimento da lei que estabelece o Piso Nacional dos Educadores e o pagamento de direitos em atraso.
A greve foi deflagrada na última sexta-feira, 29, quando o Sinte-RN recebeu uma carta oficial na qual o governo propunha principalmente a formação de uma comissão - formada entre representantes do Executivo e do sindicato - para, no prazo de 120 dias, estudar as possibilidades de se chegar ao piso nacional.
O tempo foi considerado longo pela categoria, que afirmou estar esperando por soluções há muito tempo, sem resposta. Em resposta à paralisação, a secretária estadual da Educação e da Cultura, Betânia Ramalho, pediu que a negociação fosse feita com os professores em sala. "As escolas não funcionam porque não têm como funcionar, a greve é um motivo a mais", disseram os sindicalistas. 

Docentes da região começam a se integrar ao movimento

Ainda conforme informações repassadas por Rômulo Arnaud, já há greve também em alguns municípios da região. O coordenador cita principalmente Areia Branca, onde seis escolas teriam paralisado as atividades. Os profissionais de Mossoró devem ir a outros municípios vizinhos, em busca do maior apoio possível.
Ontem, 3, houve visita a Caraúbas e Upanema; hoje, 4, os professores mossoroenses vão mobilizar os profissionais de Baraúna, Tibau e Grossos. Amanhã, 5, é a vez de Ponta do Mel e, por fim, Areia Branca. Espera-se que sindicalistas de todas essas cidades venham a Mossoró a fim de se integrarem à passeata do dia 9.
Em busca de uma solução, a governadora Rosalba Ciarlini conseguiu agendar para hoje uma reunião com o ministro da Educação, Fernando Hadad, para tratar desse tema. Em comunicado oficial, o Executivo estadual pede compreensão da categoria e garante compromisso em adotar medidas para assegurar aos alunos os 20 dias de aulas no ano letivo.
"O Governo entende que a greve está acontecendo em um momento inoportuno e que as questões econômicas com o atendimento das reivindicações acontecerão na medida em que o Estado vá equacionando as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal, e vá encontrando junto ao MEC apoio financeiro", dizia a nota.

Nenhum comentário:

Postar um comentário