sexta-feira, 8 de abril de 2011

Vítimas do atirador de Realengo começam a ser enterradas nesta sexta-feira

Estudantes foram identificados por parentes no IML da região central do Rio

Estudantes que morreram durante o ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira na manhã de quinta-feira (7) começam a ser enterrados nesta sexta-feira (8). Ao menos 12 estudantes baleados por Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, morreram. Os corpos foram identificados por parentes no IML (Instituto Médico Legal) (veja a lista dos nomes).
Os corpos de Mariana Rocha de Souza, Laryssa da Silva Martins e Milena Santos do Nascimento serão enterrados nesta sexta-feira, às 11h, no cemitério do Murundu, em Realengo. O corpo de Géssica Guedes Pereira será enterrado, às 15h, no cemitério Ricardo de Albuquerque, na zona oeste. O corpo Karine Lorraine de Oliveira será enterrado no cemitério da Saudade, em Sepetiba (zona oeste) - até a noite de quinta-feira, o horário não havia sido confirmado.
A prefeitura e a Santa Casa do Rio de Janeiro oferecem os funerários para todas as famílias das vítimas do massacre. De acordo com o assessor de gabinete da prefeitura, o serviço esta disponível para todas as vítimas, porém cabe aos familiares escolherem se querem o serviço ou não.

- Até o momento a prefeitura irá fazer o sepultamento, gratuito, para cinco vítimas. As demais provavelmente estão procurando os serviços funerários particulares. 
Famílias de quatro vítimas autorizaram a retirada dos órgãos para doação. Segundo o diretor da Polícia Técnica e Científica do Estado, Sergio da Costa Henriques, o IML terminou a necropsia nos corpos de 11 crianças e do atirador.

1- Karine Lorraine Chagas de Oliveira, 14 anos 
2- Rafael Pereira da Silva, 14 anos 
3- Milena dos Santos Nascimento, 14 anos 
4- Mariana Rocha de Souza, 12 anos 
5- Larissa dos Santos Atanázio, 13 anos 
6- Bianca Rocha Tavares, 13 anos 
7- Luiza Paula da Silveira Machado, 14 anos 
8- Laryssa Silva Martins, 13 anos 
9- Géssica Guedes Pereira (aguardando documento) 
10- Samira Pires Ribeiro, 13 anos 
11 - Ana Carolina Pacheco da Silva, 13 anos 

Entenda o caso

Por volta das 8h de quinta-feira, Wellington Menezes de Oliveira, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra.
Armado com dois revólveres calibre 38, ele invadiu uma sala de aula no primeiro andar e outra no segundo, e fez vários disparos contra estudantes que assistiam aula. Ao menos 11 morreram e 13 ficaram feridos, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde.
Duas adolescentes baleadas, uma delas na cabeça, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra o abdome do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada entre o segundo e o primeiro andar, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.
Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.
Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Os velórios e os enterros serão realizados a partir desta sexta-feira (8).
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil concluiu a perícia na escola no início da noite de quinta-feira. O inspetor Guimarães, responsável pela análise, disse que o assassino deve ter atirado de maneira aleatória contra os alunos. A polícia está investigando se os estudantes que morreram eram do 8º ano de escolaridade (antiga 7ª série). A perícia deve confirmar que as vítimas atingidas estavam sentadas na primeira fileira da sala de aula.

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