segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A diferença da morte do rico para o pobre

O domingo foi marcado pela violência no trânsito e Natal perdeu duas vidas de graça. Dois acidentes, muito parecidos, tiraram a vida de um jovem de 17 anos, na Hermes da Fonseca, e de uma menina de nove anos, na Redinha. 

Postei no Twitter que pra mim a morte da Redinha foi mais grave por se tratar de uma criança, mas como a da avenida Hermes da Fonseca foi com pessoas ricas o destaque será maior na imprensa.

Digo isso porque o noticiário sobre o acidente envolvendo jovens de classe média-alta esquentou o Twitter durante a madruga e amanheceu na boca dos natalenses. Agora a tarde, no entanto, não vi nem de longe a mesma movimentação e "revolta" com a morte da criança na Redinha. Por que será?

Vieram me perguntar se uma vida vale mais do que a outra e eu respondo que SIM. A menina que morreu na Zona Norte foi vítima da imprudência do motorista que assumiu a direção de um veículo estando alcoolizado, de acordo com a polícia. Além disso, o pai e mãe também foram atingidos e estão em estado grave.

Ela morreu inocentemente ao ser atropelada. Diferentemente disso, os jovens que estavam no carro envolvido no acidente da Hermes da Fonseca tinham consciência de seus atos e assumiram um risco durante a madrugada.

Pode achar ruim quem quiser, mas eles não foram vítimas inocentemente como a criança. Por isso, a vida dela pra mim vale mais e o caso da Redinha foi mais grave sim! Pelo menos neste caso, o motorista responsável foi preso em flagrante.

Sei que as famílias dos jovens que se acidentaram na Hermes da Fonseca estão em choque e não pensem que sou prepotente ao falar dos riscos assumidos por eles. Entendo que isso poderia ter acontecido comigo ou com algum familiar meu. Mas passar a mão na cabeça de quem comete erros nunca deve fazer parte da educação.

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