Um livro interessante para os que gostam de literatura e, em especial, para os que também produzem literatura. Compilações de entrevistas à famosa revista Paris Review, esta segunda edição de Escritores em Ação traz os melhores nomes da literatura internacional, em seus momentos mais sublimes, por assim dizer. De William Faulkner a Ernest Hemingway, passando por Georges Simenon e Françoise Sagan, esta obra está recheada de bons momentos, inclusive com a perspectiva de cada autor acerca não somente de sua produção, mas também de seus métodos de criação literária. “Nada pode destruir o bom escritor. A única coisa que pode modificá-lo é a morte”, sentencia, em uma das passagens de sua entrevista, William Faulkner. Mais adiante, esclarece: “Um escritor precisa de três coisas: experiência, observação e imaginação. Duas das quais e, às vezes, qualquer uma delas, podem suprir a falta das demais”, reforça. Já para Georges Simenon, “escrever não é uma profissão, e sim uma vocação para a infelicidade. Não creio que um artista possa jamais ser feliz”, diz. Alberto Moravia é enfático: “Um escritor não consegue ser mais que um homem-ideia, ou um cenarista – um subalterno, na verdade”. “A arte de escrever possui leis de perspectiva, luz e sombra, assim como a pintura ou a música. Se a gente nasce conhecendo-as, ótimo. Se não, deve aprendê-las. Depois, readaptá-las, para que se ajustem a nós”, fala Truman Capote. Enfim, um livro onde as vozes dos mestres estão por toda parte.
Fonte: Gazeta do Oeste
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