domingo, 21 de agosto de 2011

Escritores em ação, ou entrevistas de homens que pensam

Um livro interessante para os que gostam de literatura e, em especial, para os que também produzem literatura. Compilações de entrevistas à famosa revista Paris Review, esta segunda edição de Escritores em Ação traz os melhores nomes da literatura internacional, em seus momentos mais sublimes, por assim dizer. De William Faulkner a Ernest Hemingway, passando por Georges Simenon e Françoise Sagan, esta obra está recheada de bons momentos, inclusive com a perspectiva de cada autor acerca não somente de sua produção, mas também de seus métodos de criação literária. “Nada pode destruir o bom escritor. A única coisa que pode modificá-lo é a morte”, sentencia, em uma das passagens de sua entrevista, William Faulkner. Mais adiante, esclarece: “Um escritor precisa de três coisas: experiência, observação e imaginação. Duas das quais e, às vezes, qualquer uma delas, podem suprir a falta das demais”, reforça. Já para Georges Simenon, “escrever não é uma profissão, e sim uma vocação para a infelicidade. Não creio que um artista possa jamais ser feliz”, diz. Alberto Moravia é enfático: “Um escritor não consegue ser mais que um homem-ideia, ou um cenarista – um subalterno, na verdade”. “A arte de escrever possui leis de perspectiva, luz e sombra, assim como a pintura ou a música. Se a gente nasce conhecendo-as, ótimo. Se não, deve aprendê-las. Depois, readaptá-las, para que se ajustem a nós”, fala Truman Capote. Enfim, um livro onde as vozes dos mestres estão por toda parte.

Fonte: Gazeta do Oeste

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