domingo, 21 de agosto de 2011

Construção Civil se destaca na XXIV edição da Ficro


As pessoas que passaram pelo Centro de Exposição e Eventos Enéas Negreiros (EXPOCENTER), no período de 17 a 20 de agosto, durante a realização da XXIV Feira Industrial e Comercial de Mossoró e Região Oeste (XXIV FICRO), puderam conferir diversos lançamentos na área da construção civil em Mossoró. O setor foi, de longe, o mais representativo do evento.
Panfletos, maquetes, simulações eletrônicas e muitas abordagens dão mostras do grande volume de novos empreendimentos imobiliários lançados. Tudo isso, aliado a promessas de facilidades nos pagamentos, financiamentos feitos por instituições federais ou com recursos das próprias empresas e possibilidades de financiamento através do programa federal Minha Casa, Minha Vida, um dos impulsionadores mais fortes do boom vivenciado pela construção civil.

Nos estandes, empresas do ramo imobiliário de Mossoró e até multinacionais marcaram presença na Ficro, com o objetivo de conquistar as pessoas que querem realizar o sonho da casa própria.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM), Nilson Brasil, menciona que não só o número de estandes voltados para o setor da construção civil é grande, como o espaço ocupado por esse setor, em termos físicos é representativo. “O maior é a construção civil”, comenta. 
“O nosso projeto maior de vir para Mossoró é de fazer o mundo conhecer Mossoró, através do mercado imobiliário”, afirmou a diretora de uma empresa que integra uma rede multinacional de imobiliárias, Lívia Miranda. 
Segundo ela, a empresa está presente em 86 países e, só no Brasil, conta com 185 lojas. “Para dar a possibilidade de quem está em Mossoró comprar um apartamento fora daqui”, disse a diretora, informando que o contrário também é permitido, ou seja, a comercialização de imóveis locais por parte de pessoas de outras cidades.
O grupo chegou a Mossoró há quatro meses e ainda nem inaugurou sua sede na cidade. Mesmo assim, a equipe quis participar da Ficro e, segundo a diretora, o estímulo veio da necessidade de profissionalizar o mercado imobiliário de Mossoró. Dos mais de sete empreendimentos da marca, três foram lançados durante a Ficro.
Os preços variam de acordo com o imóvel escolhido. Há apartamentos a partir de R$ 80.900,00, que são apartamentos com dois quartos, sendo um suíte, até imóveis no valor de R$ 117.475,00 referentes a apartamentos de três quartos, sendo um suíte. 
Para atrair os clientes, as empresas investem em alternativas. De acordo com Lívia Miranda, além de trabalharem com financiamento pela Caixa Econômica Federal (CEF) por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, a empresa conta com financiamento próprio, que cobre o valor que a caixa não financiar. 
O consultor de imóveis de outra empresa, Robson Bezerra Verde, comenta que a imobiliária está comercializando um empreendimento com previsão de oito condomínios, dois dos quais já foram construídos e aguardam aprovação da Caixa para que sejam entregues. 
Ele comenta o momento vivenciado pela construção civil: “Na minha opinião, o que eu observo no mercado é a facilidade que o governo está dando de adquirir a casa própria”. Outro fator que, na opinião de Robson Verde, contribui para a expansão do mercado imobiliário é o fato de o programa “Minha Casa, Minha Vida” permitir a junção da renda familiar na hora de buscar o financiamento. 
Entre os imóveis oferecidos, a variedade é grande. Desde apartamentos com dois ou três quartos, medindo a partir de 51m² de área construída e com valor de R$ 81 mil, até imóveis bem maiores. “Nós temos apartamentos no valor de até R$ 400 mil”, revela o consultor de imóveis de uma das empresas presentes, Robson Bezerra Verde. Ele garante que no mercado local é possível encontrar apartamentos que valem até R$ 1 milhão.
Mas nem todas as classes parecem contempladas pelos lançamentos. Robson Bezerra Verde observa que na Ficro, os empreendimentos presentes são mais direcionados à classe média, grupo formado pelas pessoas que ascenderam, economicamente, e que também é contemplado pelo programa. A presença dessa classe tem sido mais observada pelo consultor, que considera que a classe mais carente ainda depende do apoio do município para concretizar o sonho da casa própria.

Fonte: Gazeta do Oeste

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