quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cerca de 200 petroleiros param por 24 horas em Mossoró


Hoje, 27, em todo o país os trabalhadores que prestam serviço à Petrobras cruzaram os braços. Em Mossoró, a paralisação terá duração de 24 horas e tem como objetivo incentivar uma negociação entre o Sindicato dos Petroleiros (SINDIPETRO) e a estatal, visando melhorias para a categoria.
As principais reivindicações dos trabalhadores estão ligadas a ajustes no Plano de Saúde e adequações na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Segundo uma das diretoras do Sindipetro, Fátima Viana, cerca de 200 trabalhadores cruzaram os braços em Mossoró, incluindo os que atuam na Base 34 (zona urbana) e Canto do Amaro, Riacho da Forquilha, Lorena e Upanema, (zona rural).
Fátima adiantou que referente ao plano de saúde, uma das reivindicações da categoria, é que até um ano atrás, por exemplo, o plano de saúde dos trabalhadores que prestavam serviço à Petrobras era considerado um dos melhores, por que não tinha restrições nos atendimento e hoje até mesmo procedimentos simples estão sendo vetados.
Segundo Fátima, para que os trabalhadores consigam a realização de alguns procedimentos de saúde, está sendo necessário entrar na justiça. “A nossa reivindicação é que o plano de saúde destinado à categoria volta a atuar como antes sem as restrições nos atendimentos”, explicou.
Quanto a PLR, Fátima acrescentou que desde 1996 foi criada uma medida provisória, depois transformada em lei, que dava direito ao prestador de serviço à Petrobras nos lucros e resultados da empresa, mas nunca foi fechado um acordo que se aproximasse do proposto na lei. Ela explica que, de acordo com a lei da PLR, esse repasse ao trabalhador pode chegar até 25%, mas nunca alcançou sequer os 20%.

DESEMPREGO
Outro ponto ressaltado por Pedro Idalino, outro diretor do Sindipetro, é quanto aos investimentos que vêm sendo feitos pela Petrobras. Segundo ele, a empresa vem investindo muito em novas tecnologias e deixando de investir na exploração terrestre. Com esta linha adotada pela Petrobras, segundo Idalino, está sendo reduzida a área de exploração terrestre e a conseqüência disso é o desemprego.

Idalino ressaltou que recentemente uma empresa prestadora de Serviços à Petrobras desativou aqui no Rio Grande do Norte três sondas e se transferiu para outro estado nordestino. A consequência foi o desemprego de mais de 200 trabalhadores. “Além de está voltando os grandes investimentos para as novas tecnologias, o pouco que está sendo investido em exploração terrestre não inclui o RN”, frisou.

Fonte: Gazeta do Oeste

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