terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Melhores salários, ensino melhor

Uma pesquisa recente chegou à conclusão de que salários melhores podem, sim, fazer a diferença na aprendizagem dos estudantes. E melhores salários dão mais resultados do que turmas menores. A conclusão foi feita baseada nos resultados do Pisa, programa internacional de avaliação dos estudantes.
Algum governo ou secretário de educação pode, para não criar euforia entre os professores, dizer que isso não é verdade, porque em determinado lugar o professor ganha melhor e a educação não funciona. São casos isolados, como os governos costumam dizer. O negócio é que não é só o salário que melhoraria a aprendizagem dos estudantes.
Existem outros fatores, como os recursos disponíveis na escola, a cobrança por resultados, a renda das famílias dos estudantes, o lugar onde a escola se encontra. Tudo isso conta para melhorar a educação.
Mas alguém ainda pode dizer, comparando a renda da escola pública com a da escola privada: "Mas o professor da escola pública ganha melhor do a da privada e nem por isso faz um bom trabalho". É. Tudo bem. Mas são todos os professores que não valorizam a educação? Não. São alguns. São casos isolados, como dizem.
Há professores de escola pública que dão tudo de si para que seu aluno aprenda. Tiram dinheiro do bolso para levar para os estudantes uma nova visão da educação. São uns encantadores.
O fato é que os governos fogem da responsabilidade de pagar melhores salários a professores. E, como eu sempre digo, ser professor hoje é profissão de risco. O professor deveria ganhar vantagens, como insalubridade ou algo semelhante, apenas por estar em sala de aula, porque a qualquer momento pode ser agredido ou ameaçado. Basta ver o caso do estudante que esfaqueou o professor apenas porque tirou nota baixa.

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