terça-feira, 16 de agosto de 2011

Aduern aciona justiça para reincorporação dos professores substitutos da Universidade

A Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Aduern, promete acionar a justiça pedindo a reincorporação dos 163 professores substitutos, dispensados pela Uern, na última semana.


A decisão foi tomada hoje pela manhã, em reunião realizada na sede da Aduern, com a presença dos professores prejudicados pela decisão, da direção e do setor jurídico da associação.

"A Aduern vai acionar a justiça coletivamente em nome dos professores pedindo o restabelecimento de vínculo empregatício, inclusive com um pedido de liminar.



A ação se baseia no direito de greve de todos os servidores públicos, sejam eles efetivos ou temporários. O resultado da liminar deve sair em torno de 10 dias", declara o advogado da Aduern, Lindocastro Nogueira.

O prazo para que os professores substitutos compareçam a pró-reitoria de recursos humanos termina amanhã, 16, mas a orientação da Aduern é que os docentes substitutos não assinem a rescisão do contrato de trabalho. "Essa medida vai de encontro as negociações internas que a Aduern mantinha com a reitoria. 


Ainda não tivemos a oportunidade de conversar com o reitor - que estava em tratamento médico em São Paulo - para saber o que provocou essa decisão. Mas estamos aguardando que essa conversa aconteça o mais rápido possível", destacou o presidente da Aduern, Flaubert Torquato.


Flaubert destaca os prejuízos que a universidade poderá ter com a dispensa dos professores substitutos. "O que eu não entendo é a desculpa utilizada pela universidade. E quem vai repor as aulas perdidas durante o período grevista, se esses professores estarão fora da instituição? Sem falar na rescisão contratual que também terá que ser paga. São algumas dúvidas que colocam o argumento da reitoria por água abaixo", pondera.


A professora substituta Janaiky Almeida, do departamento de Serviço Social, destaca os prejuízos que a suspensão desses contratos acarretará para a universidade. "Acho extremamente irresponsável e sem lógica a ação da pró-reitoria de recursos humanos em reincidir os nossos contratos. Isso por que estamos com turmas que faltam apenas duas semanas para finalização. 

Sem falar na orientação da monografia, supervisão de estágios e encerramento das disciplinas. Imagine se a greve terminar amanhã ou depois? Quem vai finalizar esses serviços?", questionou a professora.

A professora lamenta ainda que a situação não é boa para nenhuma das partes. "Ora, somos servidores como qualquer um da universidade. Só estamos na condição de substituto por falta de um concurso público. Como cobrar de nós que cumpramos as nossas horas se a universidade está parada? Acho uma falta de compromisso sem tamanho dos que estão no poder com o progresso dessa universidade e dos que a fazem", denunciou a docente.

Fonte: Correio da Tarde

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