quinta-feira, 23 de julho de 2015

Professora defende dissertação de narrativa autobiográfica

Defendida na manhã de terça, na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), a dissertação sob o título Redimensões da prática pedagógica em fase inicial na docência universitária na FE/Uern: narrativas (auto) biográficas é uma das primeiras em que resgata a própria história de vida como objeto de análise em pesquisa.
De autoria da professora Aleksandra Nogueira, o trabalho é um dos que foram aprovados pelo Mestrado em Educação da Uern. “Comecei a trabalhar como “professora” de aulas de reforço, essas aulas aconteciam em minha casa, em que, acompanhava crianças do bairro em que morava, as auxiliando nas atividades escolares. Daí se solidifica um desejo que já havia despertado em mim, mesmo antes dessa experiência com aulas de reforço: O ser professora”, fala a educadora, relembrando parte de sua trajetória.
Ao concluir o ensino médio, Aleksandra teve como primeiras experiências educacionais, trabalhar como professora contratada de uma escola privada do bairro. “Fui tomando gosto e veio a oportunidade de fazer a prova do vestibular em 2003. Então me inscrevi para o curso de Pedagogia da Faculdade de Educação (FE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, campus central. E em 2007 me graduei em Pedagogia e em 2009 me especializei em Educação na área de Currículo e Ensino, pela mesma faculdade”, diz.
Em 2010 atuou como professora efetiva da rede pública municipal de Porto do Mangue – RN, exercendo a função de professora da Educação Infantil e neste mesmo ano iniciou como professora do ensino superior no curso de Pedagogia da Uern, como professora contratada, onde ainda atua. “No ano de 2013 passei a cursar o Mestrado em Educação, pelo Programa de Pós-graduação em Educação (POSEDUC/Uern). A pesquisa desenvolvida versa sobre: Redimensões da prática pedagógica em fase inicial na docência universitária na FE/Uern: narrativas (auto) biográficas”, salienta.
A modalidade de trabalho, em que se narra a própria vida educacional e a tem como um norte para a pesquisa, é recente no Brasil. Segundo a educadora, as discussões sobre narrativas (auto) biográficas, histórias de vida e biografias educativas são novas no Brasil. Atualmente, é notável a ênfase que se tem posto sobre a pessoa do professor, sendo este aspecto ignorado até antes da década de 1980. “Essa viragem tem início com a obra de Ada Abraham, O professor é uma pessoa, publicada em 1984, alavancando, a partir daí, a literatura pedagógica sobre a vida dos professores, as carreiras e os percursos profissionais, (auto) biografias, biografias docentes e o desenvolvimento pessoal dos professores, tendo como objetivo recolocar os professores no centro dos debates educativos”, destaca.
As experiências, para ela, narradas durante o trabalho lhe trouxeram novas perspectivas sobre o fazer educacional. “Foram várias, incontáveis. Aqui possa enumerar algumas. Se dedicar a uma pesquisa de mestrado é uma escolha que fazemos. É uma opção de vida. É compreender que muitas das nossas certezas se diluíram ao longo desse tempo vivenciado. Tenho aprendido a ser forte, superar obstáculos, projetar e ir além, mesmo que tenha que driblar as intempéries que tudo isso possa acarretar. Desse modo, investir num mestrado talvez seja alimentar uma utopia, de um mundo diferente, tanto no que se refere a aspectos pessoais, como profissionais, onde se efetiva a felicidade humana e aqui parafraseio Paulo Freire quando afirma: A esperança é o eixo que faz do homem um ser capaz de caminhar para a realização da sua história”, finaliza.
Créditos: Gazeta do Oeste

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